Ação da Secretaria de Meio Ambiente se limitou à colocação de placas
de advertência aos banhistas
Por Oswaldo Viviani e Jully Camilo
Passados mais de 40 dias da colocação das placas de sinalização e da ampla
divulgação das péssimas condições de balneabilidade na maioria das praias da
Grande Ilha (São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar), por parte
da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a situação continua sem grandes
avanços. Por ocasião da colocação das placas, a formação de um grupo de trabalho
interinstitucional, para fiscalizar, formular ações e buscar soluções para o
problema da balneabilidade nas praias, foi um dos principais compromissos
firmados entre órgãos estaduais e municipais responsáveis pelas questões
ambientais. Até um “Plano de Ação” foi prometido, mas até o momento nenhuma ação
eficaz foi realizada para solucionar o problema das praias condenadas. A “ação”
do poder público ficou apenas nas placas – cuja colocação foi imposta pela
Justiça e são solenemente ignoradas pelos banhistas –, que informam sobre as
praias impróprias para banho e os trechos interditados, que têm mais deposição
de esgoto in natura no mar.
A balneabilidade em níveis críticos “poluem” a imagem de São Luís e se
reflete principalmente no turismo da capital maranhense – num momento em que o
estado começa a chamar a atenção dos brasileiros e estrangeiros por seus
atrativos peculiares. O mês de junho – marcado pelo sempre fascinantes grupos de
bumba meu boi –, que passou, e o atual julho – sinônimo de férias – poderia ser
comemorados pela rede hoteleira, mas ficaram limitados à expectativa otimista
que não se cumpriu. O baixo movimento (de 30% a 50% de lotação) hotéis acende
uma incômoda luz vermelha no setor.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Maranhão
(ABIH-MA), João Antônio Barros Filho, o turista que visita a capital não vem só
à procura da culinária e da arquitetura dos locais históricos, mas também das
belezas naturais – especialmente das praias.
Segundo João Antônio, praias com condições adequadas de balneabilidade são
essenciais. “Algumas pessoas ligadas ao turismo têm a mania de querer esconder esse fato.
Mas o turismo no Maranhão depende primordialmente das praias, sim. Sem elas,
nosso turismo viveria um verdadeiro colapso”, afirmou João Antônio ao Jornal
Pequeno.
O dirigente da ABIH corrobora o que já disseram gerentes de hotéis ao JP e a
outros órgãos de imprensa:“O setor hoteleiro da capital maranhense registra uma baixa considerável na
ocupação, em relação ao mesmo período do ano passado. A ocupação dos hotéis, que
em junho do ano passado foi de 75%, neste ano atingiu apenas 55%”, disse João
Antônio.
Fonte: Jornal Pequeno
Fonte: Jornal Pequeno
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