terça-feira, 10 de julho de 2012

Praias impróprias para banho 'poluem' imagem de São Luís

MAR DE COLIFORMES
Ação da Secretaria de Meio Ambiente se limitou à colocação de placas de advertência aos banhistas

Por Oswaldo Viviani e Jully Camilo

Passados mais de 40 dias da colocação das placas de sinalização e da ampla divulgação das péssimas condições de balneabilidade na maioria das praias da Grande Ilha (São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar), por parte da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), a situação continua sem grandes avanços. Por ocasião da colocação das placas, a formação de um grupo de trabalho interinstitucional, para fiscalizar, formular ações e buscar soluções para o problema da balneabilidade nas praias, foi um dos principais compromissos firmados entre órgãos estaduais e municipais responsáveis pelas questões ambientais. Até um “Plano de Ação” foi prometido, mas até o momento nenhuma ação eficaz foi realizada para solucionar o problema das praias condenadas. A “ação” do poder público ficou apenas nas placas – cuja colocação foi imposta pela Justiça e são solenemente ignoradas pelos banhistas –, que informam sobre as praias impróprias para banho e os trechos interditados, que têm mais deposição de esgoto in natura no mar.

A balneabilidade em níveis críticos “poluem” a imagem de São Luís e se reflete principalmente no turismo da capital maranhense – num momento em que o estado começa a chamar a atenção dos brasileiros e estrangeiros por seus atrativos peculiares. O mês de junho – marcado pelo sempre fascinantes grupos de bumba meu boi –, que passou, e o atual julho – sinônimo de férias – poderia ser comemorados pela rede hoteleira, mas ficaram limitados à expectativa otimista que não se cumpriu. O baixo movimento (de 30% a 50% de lotação) hotéis acende uma incômoda luz vermelha no setor.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Maranhão (ABIH-MA), João Antônio Barros Filho, o turista que visita a capital não vem só à procura da culinária e da arquitetura dos locais históricos, mas também das belezas naturais – especialmente das praias.

Segundo João Antônio, praias com condições adequadas de balneabilidade são essenciais. “Algumas pessoas ligadas ao turismo têm a mania de querer esconder esse fato. Mas o turismo no Maranhão depende primordialmente das praias, sim. Sem elas, nosso turismo viveria um verdadeiro colapso”, afirmou João Antônio ao Jornal Pequeno.

O dirigente da ABIH corrobora o que já disseram gerentes de hotéis ao JP e a outros órgãos de imprensa:“O setor hoteleiro da capital maranhense registra uma baixa considerável na ocupação, em relação ao mesmo período do ano passado. A ocupação dos hotéis, que em junho do ano passado foi de 75%, neste ano atingiu apenas 55%”, disse João Antônio.

Fonte: Jornal Pequeno

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